sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dois filmes (ainda sem previsão de estreia por essas bandas) me encantaram nesses últimos dias. Prometem trazer drama de qualidade e uma estética sem igual às telas de cinema. Os dois diretores são espanhóis e podem ter uma proximidade bem maior do que apenas a nacionalidade.
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Los Abrazos Rotos (Pedro Almodóvar):
O novo filme de Almodóvar traz novamente Penélope Cruz no elenco como uma bela secretária envolvida em um triângulo amoroso que transcende décadas. O filme vem ganhando críticas favoráveis no exterior, mas muitos advertem sobre a mudança de estilo do diretor. Almodóvar está mais sutil em sua nova experiência.

O caricato e o exagerado presentes em seus filmes foram amansados em Los Abrazos Rotos, os personagens são seres mais melancólicos e sombrios que os que estamos acostumados a ver nas criações do diretor espanhol. Mas a fotografia e a estética sempre marcantes de seus filmes permanecem imutáveis, com muitas cores (como o sempre presente vermelho) nos cenários contrastando com a tristeza da vida das personagens. (as imagens que eu já vi do filme são belíssimas, por isso, tou super ansioso pra assistí-lo). Indispensável para fãs de diretor Pedro Almodóvar (quem vos fala é um e já quer baixá-lo, opa, quero dizer, ter acesso a ele).

Só um PS quanto à trilha sonora: esse filme parece ter as músicas mais alternativas já presentes em um filme de Almodóvar, contando com Cat Power, Uffie e Can nas canções.



Map of the Sounds of Tokyo (Isabel Coixet):


O novo filme da diretora espanhola Isabel Coixet estreou no Festival de Cannes desse ano e me chamou bastante a atenção (sou suspeito para dizer, sou fã da diretora e sou fã de cultura japonesa, então, a combinação dos dois mais do que me agradou). Tendo como protagonista a jovem e bela Ryu (Rinko Kikuchi, a japonesinha sofrida de Babel), o filme mostra o lado escondido da iluminada cidade de Tóquio, como o submundo dos negócios (e seu relacionamento com a prostituição e com o crime) e as pessoas que vivem na noite enquando a cidade está adormecida. Ryu é contratada por um homem de negócios para matar o ex-marido de sua falecida filha. O problema é que os dois acabam por se envolver (só sei até aí, o resto só quando assistir). A diretora Isabel Coixet é famosa por seus filmes delicados e de fotografia estonteante. Seus filmes anteriores mais famosos são "Minha Vida sem Mim" (com a fantástica indie movie star Sarah Polley e tendo a El Deseo, produtora de ninguém mais ninguém menos que... Pedro Almodóvar (!) como parceira) e "A Vida Secreta das Palavras" (também com Sarah Polley e também com Pedro Almodóvar na produção. Ela deve ter gostado dessa dobradinha). As mulheres de seus filmes sempre vêem a vida por uma ótica de sofrimento, de perda e de fuga do passado, buscando uma espécie de conforto numa existência que as sufoca. Mal posso esperar pra assistir "Map of the Sounds of Tokyo".
Só um PS relativo à trilha sonora (tem que ter oras!): a diretora escolheu bandas alternativas originárias de Barcelona (sua cidade) para fazerem parte da trilha sonora do filme, como Bedroom (com "Japanese Girl") e La Flamme (com "Wish You Hard"). Além delas, estrelas da música (mais alternativa), como o doce Anthony (e sua voz deliciosamente ambígua) and the Johnsons também permeiam a soundtrack. Por sinal, que tal ouvir "One Dove", a música que tá no filme?

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