quarta-feira, 6 de outubro de 2010

INVASÃO SUECA + TAXI TAXI!

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POP: Então, começando do princípio, como a Taxi Taxi! teve início, como vocês começaram a tocar juntas e criaram o nome da banda?
Taxi:
Miriam: Nós tocávamos em outra banda anteriormente e Johanna estava trabalhando em algumas canções quando nós tínhamos cerca de 14 anos e decidimos que seria melhor tocar essas músicas por nós mesmas e não com a outra banda da qual fazíamos parte, então as gravamos e as colocamos no MySpace, apenas uma coisa pequena, para mostrarmos aos amigos. E, então, um jornalista sueco percebeu nossas canções e nos contactou. Era uma época em que o MySpace estava crescendo e era meio que novidade para todo mundo. Então esse jornalista gostou da nossa música e perguntou se já havíamos tocado no rádio. Nós tivemos, então, que encontrar um nome para a banda. Um dia, quando abrimos a nossa página no MySpace, um amigo que estava em Nova Iorque nos mandou um postal e havia alguns táxis nele. Nós tínhamos que escolher um nome para a banda, um nome para colocarmos na nossa página do MySpace. E foi assim que escolhemos o nome.

POP: Quando a parceria com Björn (Yttling, da banda Peter, Björn & John) começou?
Taxi:
Miriam: Nós o encontramos em Londres, em um festival de jazz, e ele apareceu em outras apresentações nossas em Estocolmo, daí ele nos mandou uma mensagem perguntando se nós gostaríamos de gravar algo com o material que já tínhamos. Então tivemos de preparar duas ou três músicas para iniciar a gravação e, ao terminarmos essas duas, três músicas, ele começou a perguntar sobre a próxima e a próxima. De repente a gente tinha 6 músicas para gravar. Foi muito divertido. Nós já tínhamos um EP gravado e demorou cerca de uns dois anos para o álbum sair.

POP: E sobre os seus projetos futuros? O que podemos esperar da Taxi Taxi! futuramente?
Taxi:
Johanna: Bem, nós queremos transformar o nosso projeto atual em algo maior, talvez adicionando mais membros à banda ou trabalhando com colaborações. É algo que realmente nos inspira, trabalhar com outros músicos, outras pessoas e ver essas outras perspectivas.

POP: E como vocês descobriram a respeito do Projeto Invasão Sueca?
Taxi:
Johanna: Nós recebemos um e-mail do Alf (produtor), com quem já havíamos nos encontrados em um festival na Dinamarca, e ele nos perguntou se queríamos fazer shows no Brasil. Nós dissemos sim e estamos aqui agora.

POP: Falando um pouco sobre os seus shows no Brasil..
Taxi:

Miriam: Nós tocamos em Recife ontem. Chegamos em Fortaleza hoje de manhã e, antes disso, estávamos em Nova Iorque. Chegamos ao Brasil há 4 dias e, depois daqui, estamos indo para São Paulo.

POP: E como tem sido a experiência de vocês no Brasil? Os locais vistos, as pessoas, a natureza..
Taxi:

Johanna: Tem sido incrível. Estamos adorando o fato de sairmos à noite e tudo estar tão quente. Na Suécia nessa época do ano é muito frio. Tudo tem sido fantástico, o mar é fantástico, ainda não tivemos chance de mergulhar, mas estamos ansiosas para isso. Todos são tão calorosos e simpáticos.
Miriam: Ninguém é tímido aqui. Todos gostam de conversar.

POP: Falando um pouco sobre música, quais são as suas influências musicais e com quais artistas vocês gostariam de colaborar futuramente, da Suécia ou de outras partes do mundo?
Taxi:
Miriam:
É uma pergunta difícil de responder, porque ouvimos tipos muito diferentes de música, o que torna complicado definir o que nos inspira ou o que não nos inspira, porque, na verdade, tudo realmente nos move de alguma maneira, mesmo se a Johanna acha a Beyoncé o máximo (risos). Eu não sei, acho que nós temos tanto gostos similares quanto diferentes. Eu sou bastante ligada em jazz.
Johanna: E eu curto mais Patrick Smith.

POP: Checando a sua página do MySpace, há algo que realmente chama a atenção: no espaço de "influências", vocês as definem como "TUDO". E, ao ouvirmos suas canções, somos capazes de sentir esse sentimento de melancolia doce, como se vocês fossem almas antigas em corpos jovens ou algo do tipo, e nós gostaríamos de saber: além da música, o que as inspira visualmente, que locais ou que momentos as inspiram na hora da produção de sua música?
Taxi:
Johanna:
O momento em que me sinto mais inspirada, quando estou em paz para compor algo, é quando estou na estrada. Você consegue sentir a natureza, você sente que está sendo levado adiante, mas não precisa fazer nada a respeito disso. Você tem apenas que ficar sentado e não se preocupar com nada. Na cidade não se consegue inspiração suficiente porque tudo é sobre o AGORA, sobre o que acontece AGORA ou HOJE. Quando você está imerso na natureza, é como se ela já soubesse sobre tudo o que aconteceu antes de nós.

POP: Bem, assistindo aos seus vídeos, pode-se perceber a presença de colaborações de peso, como o fotógrafo sueco Erik Wåhlström, na composição de sua produção visual. Que imagens vocês acreditam que representam o seu trabalho, que imagens influenciam vocês na criação de suas fotos?
Taxi:

Johanna: Eu realmente aprecio fotografia como uma forma de arte e eu realmente me sinto inspirada por ela, mas não faço artes visuais, embora goste delas..

É que as imagens de seus vídeos e a produção visual de seus EPs e álbum são incríveis. Elas criam imagens de profunda beleza melancólica em que vocês estão sempre cercadas por árvores e por ambientes idílicos, então surge essa curiosidade a respeito de quais fotógrafos ajudam vocês a criarem essa imagem.
Taxi:
Johanna:
Nós conseguimos colaborações muito boas. Trabalhamos com Martina Hoogland Ivanow, que trabalha com diferentes formas de arte. Acho que ela trabalha para marcas de moda também e é realmente trabalhadora, então tivemos muita sorte de trabalhar com ela. Acredito que somos muito seletivas quando o assunto é a maneira que aparecemos. Desde o início não queríamos estar na capa do CD, queríamos uma ilustração ou algo do tipo, mas com as fotos dela, é muito mais fácil, porque elas são arte por si só, então, dessa forma, nós conseguimos lidar com o fato de ficarmos na capa (risos).

POP: Então, vamos passar para o terreno da moda agora. Vocês duas possuem estilos bastante despojados e conseguem fazer com que tudo o que estão usando combine muito bem junto. Mas, como vocês mesmas descrevem o seu estilo?
Taxi:

Johanna: Não penso muito sobre moda. Gosto de vestidos, mas não quero ficar muito feminina, então eu coloco algo para quebrar o fator meio "menininha", como essas botas que estou usando. Essa é a combinação. Normalmente, uso muitos anéis e eles são meio "duros", têm esse tipo de elemento mais seco.
Miriam: Eu realmente não sei. Não tenho ideia (risos). Eu realmente gostos de peças simples, básicas, como essas peças que estou usando agora. Quando tinha 16 anos, realmente gostava de umas calças bem esquisitas, elas eram realmente horríveis quando penso nelas agora (como eu podia ter usado isso?). Elas eram de cor marrom, feitas de veludo, calças marrom de veludo e elas tinham uns pelos macios no fim. Mas, agora, esses shorts são a minha peça favorita e eu os uso o tempo todo e combino com tudo.

POP: Vocês têm uma marca favorita, embora sejam mais afastadas do mundo da moda?
Taxi:

Johanna: Eu não tenho uma marca favorita, mas nós tocamos para essa marca sueca chamada Whyred na Semana de Moda de Estocolmo (elas tocaram para a marca na edição Ready-to-Wear da Semana de Moda de Estocolmo, que aconteceu em agosto desse ano) . Nós perguntamos se podíamos tocar no fashion show da marca e eles concordaram, então, nós conseguimos roupas a partir daí (risos). Eu realmente gosto das peças, são casacos básicos, planos e eu realmente os curto.
Miriam: Bem, eu não tenho nenhuma, pois eu compro roupas que são estranhas (risos).

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Fotos - Tina PauloFotos - Fernando Sant'anna*Agradecimentos para a Gabi e o André, do Órbita Bar, que nos disponibilizaram o espaço para as entrevistas e facilitaram demais o nosso contato com as meninas, para Alf Olofsson, que foi super disponível e prático na hora de marcar as entrevistas, para as meninas das bandas, por, apesar de cansadas, cederem seu tempo para falarem conosco e, claro, para os nossos fotógrafos (e amigos) Tina Paulo e Fernando Sant'anna, sempre dispostos a pular junto da gente nas nossas empreitadas de última hora.*

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