POPUPIT!

O termo “Pin-Up” povoa o imaginário masculino desde o início do Século XX. Curvilíneas e sorridentes, num misto de sensualidade de mulher e ingenuidade de menina, essas modelos representavam o ideal de mulher desejada e perfeita para os homens. Representadas em desenhos por artistas ou personificadas por belas jovens, a figura da pin-up é para a cultura norte-americana o que a gueixa é para a japonesa, um equivalente, levando-se em conta as diferenças culturais, de uma mulher capaz de satisfazer os desejos masculinos.
Na onda vintage em que o mundo da moda mergulha hoje em dia, essas sedutoras personagens se tornam fontes de inspiração para releituras vibrantes e modernas. O antigo torna-se contemporâneo e vivo nessa incorporação do encanto gerado e personificado pela pin-up, uma espécie de fada do Século XX. Atualmente, temos na figura de Katy Perry uma reinterpretação colorida (às vezes, meio forçada) das moças sedutoras de outrora, enquanto Dita Von Teese encarna o retorno ao burlesco dos cabarés parisienses e à tradicional imagem da pin-up, tal qual uma herdeira de coroa da icônica Bettie Page, adicionando muita sofisticação ao estilo dessas garotas. A polêmica Amy Winehouse (um pouco em baixa), com seu característico penteado Bee Hive e corpetes, representa uma retomada do imaginário da Pin-Up (uma pin-up bem bêbada e enlouquecida) e pode mesmo ser considerada uma das responsáveis pela (re)popularização desse ícone da cultura pop na moda dos dias de hoje, ao ter seu visual adotado em editorial e “apadrinhado” por grandes estilistas. E para quem curte seriados de realidade, a tatuadora (e tatuadoNa) Kat Von D é uma pin-up underground que tem nas tatuagens retrô o seu trabalho e a sua arte.

O interesse por essa figura também encontra forte apelo no cinema e nas artes contemporâneas. É só ver filmes, como “Bastardos Inglórios” e “The Notorious Bettie Page”, para entender do que eu estou falando. Além disso, no campo das ilustrações e da arte digital vem havendo um retorno nos desenhos de pin-ups, numa mistura incrível de estilos. Em alguns predomina o fetichismo explícito, em outros uma retomada da ingenuidade de outros tempos. Ainda temos aqueles que rompem com aquilo que vemos e imaginamos de uma pin-up, adicionando doses de muito humor, irreverência e até mesmo de violência. O certo é afirmar que elementos bem diferentes vêm sendo aderidos ao 'mito' da Pin-Up, imagem que vem se tornando cada vez mais diluída em meio a uma vasta gama de referências que brotam do mundo globalizado.

O estilo sedutor das Pin-Ups (e de suas representantes modernas) também inspirou alguns editoriais muito legais. Edições novas de muitas revistas bacanas lançaram visões legais sobre as moças de trajes sumários e de grandes sorrisos. Uma boa maneira de se inspirar e talvez, quem sabe, pegar um pouco do visual das pin-ups e reformulá-lo para o seu guarda-roupa, que tal?

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Dita Von Teese para a Harper's Bazaar de Outubro de 2008..

..e para a QUEM (6/nov/2009), com make-up e styling dela mesma!

Editorial "PIN ME UP, PIN ME DOWN" para a V Magazine. Com fotografia de Willy Vandeperre, as modelos Miranda Kerr e Ana Beatriz Barros encarnam releituras modernas de Pin-Ups com um charme bem misterioso de Femme Fatalle.

A bela Devon Aoki (a sexy Miho de Sin City) clicada por Sebastian Kim para a Numéro Tokyo December 2009. O editorial, chamado de "My Forbidden Love", beira ao voyeur, mostrando a modelo em cenas caseiras como se estivesse sendo observada em um quarto de hotel. A atmosfera 60s impera, dando à Devon um ar de pin-up desprotegida.
Editorial com a (metida à) pin-up moderninha Katy Perry para a revista MISSBEHAVE Spring 2009. A fotografia é do super irreverente Jeremy Scott (!), assim como todos os looks usados pela cantora (!).

Desde 1992, a revista Vanity Fair tem uma seção dedicada às estrelas mais promissoras da indústria do entretenimento. Denominada de "Vanities", as fotos mostram as moças em um estilo retrô, nitidamente baseado nas Pin-Ups e na maneira como elas eram mostradas nos anos 50.